domingo, 28 de novembro de 2010

O Louco




Ele pulava como se o chão estivesse quente...
O brilho molhado dos olhos refletia as luzes da avenida
Sua voz era rouca e baixa como um lamento
Balbuciava sons em meio ao ranger dos dentes
E cada vez mais e mais juntava gente
Uns desconjuravam e outros riam
Alguns até mesmo cuspiam
E em meio ao frenesi de sua valsa louca,
Seus olhos brilhavam
Era o brilho que refletia o espelho de sua alma
Não havia mais compromisso com a sociedade
Não existia nele nem mais um traço de vaidade
Acabaram-se enfim todos os laços com a realidade
E alguém ao longe dizia
É apenas um louco no auge da insanidade !

(Rejane Luz de Carvalho)

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